Sistema é capaz de prever com precisão se um paciente desenvolverá lesão renal aguda com até 48 horas de antecedência
A DeepMind, empresa britânica de pesquisas em inteligência artificial (IA) subsidiária do Google, publicou os resultados de um estudo sobre o desempenho de deep learning na previsão do desenvolvimento de uma doença potencialmente fatal chamada de lesão renal aguda (LRA).
Segundo informações do TechCrunch, a DeepMind afirma que seu sistema é capaz de prever com precisão se um paciente desenvolverá LRA com até 48 horas de antecedência. “Essa é a maior descoberta de pesquisa em saúde da nossa equipe até hoje”, disse a companhia.
Para a criação e treinamento do modelo, a DeepMind utilizou dados de pacientes fornecidos pelo Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos. Por isso, 93,6% das informações coletadas foram de pessoas do sexo masculino, tornando a amostra restrita. “Essa pesquisa é apenas o primeiro passo”, acrescentou a empresa em entrevista ao site. “Para que o modelo seja aplicável a uma população geral, pesquisas futuras são necessárias, usando uma amostra mais representativa da população geral.”
Pensando na popularização do sistema, a DeepMind terá como desafio a coleta dos dados certos para que a máquina tenha informações abrangentes e bem estruturadas. Na área da saúde, onde as soluções podem ser a diferença entre a vida e a morte, a tecnologia não assume o protagonismo, mas sim o acesso a conjuntos de dados representativos.
Um app para ajudar no tratamento de pacientes
Além do desenvolvimento do sistema de previsão para a lesão renal aguda, a DeepMind também está trabalhando com dados de saúde no Reino Unido. A redução do tempo necessário para a identificação da LRA tem sido o foco de um projeto de desenvolvimento de um aplicativo com o qual a companhia está envolvida desde 2015.
O aplicativo, batizado como Streams, utiliza algoritmos para detectar a LRA e já foi implantado em diversos hospitais. Como resultado, a companhia afirma que as avaliações mostram que o app melhorou a qualidade de atendimento aos pacientes, acelerando a detecção e a prevenção dos casos. Segundo a DeepMind, os médicos foram capazes de responder a casos urgentes de LRA em 14 minutos ou menos, quando os sistemas existentes podem levar horas para chegar nas mesmas conclusões.
A atual versão do Streams não inclui a inteligência artificial como ferramenta de previsão, mas é a solução que a DeepMind pretende utilizar para levar a realização de diagnósticos baseados em IA para as alas dos hospitais.
Fonte: itmidia.com